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Este plano de informação faz uma quantificação dos desmatamentos ocorridos no Bioma Amazônia entre os anos de 2010 a 2021 e suas relações com os imóveis rurais registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) até 2021. Também estão quantificados os focos de calor (queimadas) no bioma no intervalo de 2010 a 2022. Pela organização das informações em nível de município, é possível calcular e identificar os fenômenos de concentração de desmatamentos (em quantidade de polígonos e área) e de queimadas (quantidade de pontos). Sobre as fitofisionomias do bioma, foram selecionadas as do tipo Florestal e identificadas as principais classes no município e a classe que sofreu mais desmatamento.
Base de dados espacial do Bioma Amazônia ajustado pelos limites municipais do IBGE de 2019 (maior área do município em interseção com o bioma) com a quantificação do número de polígonos de desmatamentos e a área dos desmatamentos em hectares, por município, a partir dos dados do PRODES/INPE (http://terrabrasilis.dpi.inpe.br/app/map/deforestation?hl=pt-br) no intervalo dos anos de 2009 a 2021. Sobre as queimadas no bioma foi realizada a quantificação dos focos de calor captados pelo Satélite de Referência AQUA, com passagem diurna, no período de 2009 a 2021 (https://firms.modaps.eosdis.nasa.gov/), organizada por município.
Para as relações existentes entre os imóveis rurais do Cadastro Ambiental Rural e os desmatamentos ocorridos no bioma Amazônia, optou-se por um recorte temporal entre o ano do início do novo Código Florestal e criação do Cadastro Ambiental Rural (2012) e o ano de 2021. Essa escolha assume que os imóveis rurais cadastrados até fevereiro de 2021 já existiam em 2012. Como não é disponibilizada a informação da criação do imóvel rural, eles poderiam existir anos ou décadas antes dessa data de corte.
Para as relações entre desmatamentos ocorridos em imóveis rurais e imóveis rurais com ocorrência de desmatamentos, foi realizada a seleção de desmatamentos ocorridos no período de 2012 a 2018 coincidentes com os imóveis rurais do Cadastro Ambiental Rural de fevereiro de 2021 e de imóveis rurais com ocorrência de desmatamentos entre 2012 e 2021. Para as áreas de desmatamento coincidentes com imóveis rurais do CAR foi utilizado o critério de coincidência, expressando a área do polígono de desmatamento, e não a área efetiva de desmatamento interna ao imóvel rural. Para os imóveis rurais do Cadastro Ambiental Rural de 2021 foram retiradas sobreposições entre imóveis e entre áreas protegidas em unidades de conservação integral, terras indígenas e áreas militares (https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/car/rural2021/).
Para o levantamento das fitofisionomias municipais e das fitofisionomias desmatadas no município foi utilizado o mapa de vegetação do IBGE de 2019, escala 1:250.000, em formato vetorial shapefile, disponível em https://www.ibge.gov.br/geociencias/downloads-geociencias.html. A informação foi extraída exclusivamente do atributo “Legenda_2” (descrição da vegetação em nível de formação em área natural ou antropismo do principal componente). A intersecção dos mapas (mapa de vegetação do IBGE de 2019 e mapa base de dados espacial do Bioma Amazônia ajustado pelos limites municipais do IBGE de 2019) permitiu a extração dos tipos de vegetação nos municípios, que deu origem ao principal tipo de floresta presente e desmatado, representados pelos atributos: “flor”, “flor_ar”, “flordes” e “flordes_ar”. São considerados tipos florestais: florestas ombrófilas (abertas e densas), florestas estacionais (sempre verde, decidual e semidecidual), refúgio montano, formação pioneira, campinarana florestada e arborizada, savana florestada, savana estépica florestada, contato floresta ombrófila com floresta estacional e vegetação secundária.